Artigo publicado na revista psicoterapia n-12
Uma visão da crise como oportunidade de autoconhecimento
É cada vez mais freqüente no mundo de hoje pessoas com sintomas ansiosos. Nos consultórios de psicologia, nos prontos-socorros (sim, pois ansiedade provoca sintomas físicos), entre outros. Todos nós conhecemos ou já ouvimos falar em alguém muito ansioso. E quem nunca ficou ansioso para uma prova ou para um encontro com alguém especial? Até certo ponto a ansiedade é algo natural do ser humano, é o que nos prepara para uma situação futura. Se não a sentimos nos tornamos apáticos aos acontecimentos da vida. O problema é quando essa ansiedade toma uma proporção muito grande, atrapalhando a vida do indivíduo e até mesmo de pessoas que o rodeiam. Há uma linha tênue entre o que é normal e o que é patológico com relação á ansiedade para nós indivíduos. Costumo dizer que tudo é normal até o momento em que passa a atrapalhar nossas vidas, nos impedindo de agir da forma como agíamos antes, prejudicando nossa qualidade de vida e nosso bem estar na esferas biológica, psíquica e/ou social. Quando o grau de sofrimento é intenso, a ansiedade se torna patológica e a nomeamos como transtorno de ansiedade.
Pensando na sua definição, o transtorno de ansiedade é caracterizado por manifestações ansiosas, que não são desencadeadas pela exposição a uma situação determinada. Ou seja, diferente da fobia ela não está relacionada a um objeto ou á uma situação específica. Não existe um fator específico que desencadeia a crise. Ela pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento e isso é o que faz com que seja tão difícil lidar com esse sintoma. De acordo com o manual psiquiátrico CID 10, os transtornos de ansiedade podem estar acompanhados de sintomas depressivos ou obsessivos.
Dentro do quadro de transtornos ansiosos está a síndrome do pânico, que é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico esporádicos, intensos e recorrentes. Dentre os sintomas, podemos destacar sudorese, tremores, falta de ar, boca seca, medo e coração acelerado, que são reações do corpo se preparando para um perigo iminente. Ele se prepara para lutar ou fugir. O indivíduo sente como se algo horrível estivesse prestes a acontecer e o sistema entra em estado de alerta. Por esse motivo há liberação de adrenalina e um aumento da freqüência cardíaca e respiratória. Por conta dos sintomas físicos que a síndrome do pânico acarreta, é inevitável que o indivíduo com esse quadro seja freqüentador assíduo de consultórios médicos e prontos-socorros. Ele busca de qualquer forma respostas para suas crises. Vai atrás de um diagnóstico, marcando o máximo de consultas médicas possíveis. Muitas vezes é só quando se depara com todos os exames médicos em perfeito estado que começa a pensar e aceitar a possibilidade de ser um quadro psicológico. Muitos chegam ao consultório encaminhados por seus médicos, que fizeram todos os exames possíveis no indivíduo, que mesmo assim tem a certeza de que existe um perigo real e iminente prestes a acontecer. Como se estivesse tenso o tempo inteiro, não conseguindo relaxar, o que podemos identificar até mesmo pela postura e no modo de falar do paciente encaminhado para tratamento de síndrome do pânico.
...continua no próximo post...
É cada vez mais freqüente no mundo de hoje pessoas com sintomas ansiosos. Nos consultórios de psicologia, nos prontos-socorros (sim, pois ansiedade provoca sintomas físicos), entre outros. Todos nós conhecemos ou já ouvimos falar em alguém muito ansioso. E quem nunca ficou ansioso para uma prova ou para um encontro com alguém especial? Até certo ponto a ansiedade é algo natural do ser humano, é o que nos prepara para uma situação futura. Se não a sentimos nos tornamos apáticos aos acontecimentos da vida. O problema é quando essa ansiedade toma uma proporção muito grande, atrapalhando a vida do indivíduo e até mesmo de pessoas que o rodeiam. Há uma linha tênue entre o que é normal e o que é patológico com relação á ansiedade para nós indivíduos. Costumo dizer que tudo é normal até o momento em que passa a atrapalhar nossas vidas, nos impedindo de agir da forma como agíamos antes, prejudicando nossa qualidade de vida e nosso bem estar na esferas biológica, psíquica e/ou social. Quando o grau de sofrimento é intenso, a ansiedade se torna patológica e a nomeamos como transtorno de ansiedade.
Pensando na sua definição, o transtorno de ansiedade é caracterizado por manifestações ansiosas, que não são desencadeadas pela exposição a uma situação determinada. Ou seja, diferente da fobia ela não está relacionada a um objeto ou á uma situação específica. Não existe um fator específico que desencadeia a crise. Ela pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento e isso é o que faz com que seja tão difícil lidar com esse sintoma. De acordo com o manual psiquiátrico CID 10, os transtornos de ansiedade podem estar acompanhados de sintomas depressivos ou obsessivos.
Dentro do quadro de transtornos ansiosos está a síndrome do pânico, que é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico esporádicos, intensos e recorrentes. Dentre os sintomas, podemos destacar sudorese, tremores, falta de ar, boca seca, medo e coração acelerado, que são reações do corpo se preparando para um perigo iminente. Ele se prepara para lutar ou fugir. O indivíduo sente como se algo horrível estivesse prestes a acontecer e o sistema entra em estado de alerta. Por esse motivo há liberação de adrenalina e um aumento da freqüência cardíaca e respiratória. Por conta dos sintomas físicos que a síndrome do pânico acarreta, é inevitável que o indivíduo com esse quadro seja freqüentador assíduo de consultórios médicos e prontos-socorros. Ele busca de qualquer forma respostas para suas crises. Vai atrás de um diagnóstico, marcando o máximo de consultas médicas possíveis. Muitas vezes é só quando se depara com todos os exames médicos em perfeito estado que começa a pensar e aceitar a possibilidade de ser um quadro psicológico. Muitos chegam ao consultório encaminhados por seus médicos, que fizeram todos os exames possíveis no indivíduo, que mesmo assim tem a certeza de que existe um perigo real e iminente prestes a acontecer. Como se estivesse tenso o tempo inteiro, não conseguindo relaxar, o que podemos identificar até mesmo pela postura e no modo de falar do paciente encaminhado para tratamento de síndrome do pânico.
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