Amanda Lima - Psicoterapeuta
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Ansiedade e síndrome do pânico

7/22/2017

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Artigo publicado na revista psicoterapia n-12
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​Uma visão da crise como oportunidade de autoconhecimento
É cada vez mais freqüente no mundo de hoje pessoas com sintomas ansiosos. Nos consultórios de psicologia, nos prontos-socorros (sim, pois ansiedade provoca sintomas físicos), entre outros. Todos nós conhecemos ou já ouvimos falar em alguém muito ansioso. E quem nunca ficou ansioso para uma prova ou para um encontro com alguém especial? Até certo ponto a ansiedade é algo natural do ser humano, é o que nos prepara para uma situação futura. Se não a sentimos nos tornamos apáticos aos acontecimentos da vida. O problema é quando essa ansiedade toma uma proporção muito grande, atrapalhando a vida do indivíduo e até mesmo de pessoas que o rodeiam. Há uma linha tênue entre o que é normal e o que é patológico com relação á ansiedade para nós indivíduos. Costumo dizer que tudo é normal até o momento em que passa a atrapalhar nossas vidas, nos impedindo de agir da forma como agíamos antes, prejudicando nossa qualidade de vida e nosso bem estar na esferas biológica, psíquica e/ou social. Quando o grau de sofrimento é intenso, a ansiedade se torna patológica e a nomeamos como transtorno de ansiedade.
Pensando na sua definição, o transtorno de ansiedade é caracterizado por manifestações ansiosas, que não são desencadeadas pela exposição a uma situação determinada. Ou seja, diferente da fobia ela não está relacionada a um objeto ou á uma situação específica. Não existe um fator específico que desencadeia a crise. Ela pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento e isso é o que faz com que seja tão difícil lidar com esse sintoma. De acordo com o manual psiquiátrico CID 10, os transtornos de ansiedade podem estar acompanhados de sintomas depressivos ou obsessivos. 

Dentro do quadro de transtornos ansiosos está a síndrome do pânico, que é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico esporádicos, intensos e recorrentes. Dentre os sintomas, podemos destacar sudorese, tremores, falta de ar, boca seca, medo e coração acelerado, que são reações do corpo se preparando para um perigo iminente. Ele se prepara para lutar ou fugir. O indivíduo sente como se algo horrível estivesse prestes a acontecer e o sistema entra em estado de alerta. Por esse motivo há liberação de adrenalina e um aumento da freqüência cardíaca e respiratória. Por conta dos sintomas físicos que a síndrome do pânico acarreta, é inevitável que o indivíduo com esse quadro seja freqüentador assíduo de consultórios médicos e prontos-socorros. Ele busca de qualquer forma respostas para suas crises. Vai atrás de um diagnóstico, marcando o máximo de consultas médicas possíveis. Muitas vezes é só quando se depara com todos os exames médicos em perfeito estado que começa a pensar e aceitar a possibilidade de ser um quadro psicológico. Muitos chegam ao consultório encaminhados por seus médicos, que fizeram todos os exames possíveis no indivíduo, que mesmo assim tem a certeza de que existe um perigo real e iminente prestes a acontecer. Como se estivesse tenso o tempo inteiro, não conseguindo relaxar, o que podemos identificar até mesmo pela postura e no modo de falar do paciente encaminhado para tratamento de síndrome do pânico.
...continua no próximo post...

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Por que nos culpamos tanto?

4/2/2016

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Nos culpamos demais o tempo todo. Sentimos culpa por algo que fizemos lá atrás... E também sentimos culpa por algo que não fizemos. Nos culpamos por pensamentos que vêm à mente. Nos culpamos por ter vontades e nos culpamos até pela atitude do outro. Se o outro não corresponde àquilo que esperávamos nos culpamos e nos perguntamos: "O que EU fiz de errado?". Ou pensamos: "Se EU tivesse agido diferente...". Temos a tendência a pensar que a culpa pela atitude do OUTRO é NOSSA. 
Todos esses pensamentos nos machucam por dentro, pois estão ligados à autopunição. Como se nosso insconsciente estivesse nos punindo, nos tratando como errados e maus.

Não podemos dissociar o bom do mau, pois ninguém é somente bom ou somente mau. As duas peças fazem parte de um todo e dentro de nós existem as duas.

É preciso ter responsabilidade por nossas escolhas, mas sem deixar que isso vire um tormento. Para isso é importante ir aos poucos reconhecendo os caminhos que nos levaram a tomar determinada atitude. Entendendo as razões e os motivos que o guiaram. Só assim é possível nos perdoar!

Como diz um texto da maravilhosa Martha Medeiros: "Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros".

​Por isso aceite os erros e siga em frente! Afinal, que lições aprenderíamos se somente fizéssemos as escolhas certas?

Amanda Lima - Psicóloga clínica
CRP: 06/116024

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A depressão como símbolo de transformação

3/3/2015

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A depressão vem sendo considerada o mal do século. É cada vez maior o número de pessoas no consultório com sintomas de depressão. Dentre os sintomas, podemos citar a tristeza, sensação de vazio, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, falta de apetite ou compulsão por comida, apatia, insônia ou sono em excesso, e outros inúmeros sintomas.

A depressão atinge todas as esferas da vida do indivíduo. Família, relacionamento, trabalho, tudo isso está ligado de alguma forma e quando uma dessas esferas não está em equilíbrio acaba por atingir todas as outras. Para a Psicologia Analítica a depressão surge como uma busca pelo si-mesmo, como um sinal de que algo desviou de seu caminho e tem a finalidade de tentar conduzir o indivíduo ao equilíbrio da psique.

Um indivíduo que conduz sua vida de modo excessivamente ligado ao mundo externo, está deixando de investir nos seus aspectos mais profundos e individuais. Ele se desviou de seu caminho.  Segundo Jung, para que o individuo perceba o caminho que está fazendo é quase sempre necessário que haja uma crise em sua vida. Essa crise vem com o intuito de despertá-lo.

No tratamento de pacientes deprimidos é necessário estar atento aos complexos que se constelaram. Experiências infantis, de perdas, rejeição, ou experiência traumática vivida em qualquer fase da vida podem ter levado o individuo á unilateralidade da consciência. É através da depressão que o paciente muda o seu olhar, volta-se para dentro e pode perceber qual o símbolo desse sintoma para ele.  O objetivo da psicoterapia, então, é olharmos para o sintoma que emerge, a fim de tirar o ego dessa unilateralidade, que fez com que o individuo deprimido apresente fixações e se torne paralisado frente á vida.

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Cirurgia plástica estética e a eterna busca pelo corpo perfeito

12/10/2014

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Com o surgimento das modernas técnicas cirúrgicas apareceram muitas possibilidades para intervenção e modificação do corpo. A tecnologia trabalha para a constituição de corpos belos e perfeitos.  Os recentes avanços das técnicas cirúrgicas têm permitido operar sobre o corpo a partir de diversos arranjos. O corpo vem se tornando cada vez mais possível de ser modificado por um número cada vez maior de pessoas, por meio de técnicas cada vez mais difundidas. Apesar do alto custo emocional, físico e/u financeiro de tais procedimentos, eles são justificados pelas recompensas emocionais e sociais proporcionadas pelo ideal da beleza. É comum o individuo querer melhorar algum aspecto físico que não o agrada, como a silhueta que foi castigada pelo excesso de comida e pelo sedentarismo, algumas marcas do tempo ou até mesmo consertar uma falha na simetria corporal. É uma forma compreensível e legítima de restaurar a auto-estima. A questão a ser trabalhada é quando há um exagero em tantas mudanças, onde se pode haver uma patologia. Pessoas que não se cansam de encontrar defeitos em si mesmas e perseguem compulsivamente um padrão estético inatingível, que pode levar a pessoa a deformar-se nas mãos de cirurgiões plásticos antiéticos.

Mas até que ponto a realização dessa cirurgia pode ser saudável ao individuo?

O corpo é uma construção cultural e o ser humano tende a modificá-lo de acordo com sua própria vontade, satisfazendo aos mais variados desejos individuais e sociais. Essas modificações, porém, estão intimamente ligadas à cultura, sendo que o ponto de referência estético é relativo e se modifica, não pelo desejo próprio, mas pela sociedade em que nos desenvolvemos e vivemos.

Nota-se também que todas as modificações na imagem corporal são, além de tudo um processo de transformação psicológica. É preciso avaliar até que ponto a cirurgia plástica realmente solucionará a insatisfação com algum detalhe do próprio corpo, antes de se optar por qualquer procedimento estético. A decisão de ser submetido a um procedimento como esse não deve ser tomada de modo impulsivo, sem reflexão, querendo atingir um padrão de beleza imposto pela sociedade.


Amanda Pereira de Lima
CRP: 06/116024
Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica.
Contato: [email protected]


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A importância do vínculo mãe-bebê

12/10/2014

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“O primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe: o seu olhar, sorriso, expressões faciais, tom de voz... Olho e sou visto, logo, existo.”Winnicott



A mãe representa um importante modelo de identificação para o filho. Um espelho, em que a criança vai se reconhecendo e se percebendo como um ser amado. Antes mesmo do nascimento, ainda na atmosfera intra-uterina, o vínculo entre a mãe e o bebê começa a ser estabelecido. É um processo que se desenvolve gradativamente. O desenvolvimento do vínculo demanda tempo, afeto, ternura e amor para que possa existir e funcionar adequadamente. 

Muitas mamães devem estar se perguntando como se forma esse vínculo. Ele vai se desenvolvendo em todos os momentos. Em todas as ações é importante que haja amor e carinho. Para que haja o vínculo é preciso que haja afeto. É preciso que a mamãe esteja ligada de maneira consciente ao bebê, para que ele se forme psiquicamente, para que ele se sinta desejado e amado, e desta forma possa ter um desenvolvimento saudável. Além disso, quanto mais forte o vinculo, mais fácil virá a independência da criança, pois ela se sentirá segura e confiante com relação á si - mesma.

Isso não quer dizer que a mamãe não possa permanecer longe por alguns momentos. Mães que trabalham fora, por exemplo, podem compensar o tempo em que se ausentam. Podem ter um tempo de qualidade com a criança, prestando atenção ás tarefas executadas pelo filho e estando atenta ao que ele gosta, ao que ele come, ao que o deixa feliz, entre outras coisas. É importante realizar pequenas atividades em companhia da criança.

 É através do vínculo afetivo que a criança sente-se tranqüila, mesmo longe da mãe. É um elo tão forte, que não depende da presença da mãe o tempo inteiro. Esta ligação está sempre ali, por maior que seja a distância entre os dois. O acolhimento vivido desde os primeiros momentos de vida intra-uterina é o que gera a confiança necessária para enfrentar as dificuldades na vida adulta.

Amanda Pereira de Lima
CRP: 06/116024
Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica.
Contato: [email protected]

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O lado psicológico da gestante: Como pensa a futura mamãe?

12/10/2014

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Durante a gestação a mulher encontra-se mais sensível e vulnerável. Além de todas as mudanças físicas, a futura mamãe começa a perceber também mudanças psicológicas. Há uma infinidade de sentimentos ao mesmo tempo. A ansiedade torna-se companheira freqüente, acompanhada por um estado constante de insegurança, incerteza e medo da experiência desconhecida. Fatores sociais, como a relação que a gestante estabelece com sua família e cônjuge, irão interferir diretamente na intensidade com que as alterações psicológicas aparecerão. Além disso, a forma de funcionamento psíquico da gestante também irá influenciar em seu estado emocional.A gravidez é uma transformação, que faz parte do processo evolutivo do ser humano. É um processo que proporciona uma mudança de identidade e uma re-definição de papéis. Não é por acaso que o período de gestação leva muitos meses. Além do desenvolvimento fisiológico do bebê, esses nove meses têm como função preparar a mamãe para a chegada do filho. Saindo do papel de filha para exercer o papel de mãe. 

A gravidez é a possibilidade de reescrever uma história. Por isso, surgem alguns sentimentos e sensações aparentemente desconhecidos, mas cheios de conteúdo. Sentimentos que sua família de origem também vivenciou. Medo, incerteza, angústia, esperança, expectativa e alegria. Desde o primeiro sinal de vida intra-uterina o bebê sofre forte carga afetiva e emocional da mãe. Um bom desenvolvimento psicológico da criança está diretamente relacionado ao desenvolvimento psicológico dos adultos. Por isso é tão importante a preparação da psique da mamãe. Neste momento, recomenda-se para a gestante um processo de psicoterapia, com o objetivo de se obter uma vivência mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem durante o período da gravidez. É importante ressaltar que tais sentimentos são naturais na vida da gestante, é preciso compreensão e paciência. Se passar a gestação inteira brigando contra isso, irá perder o melhor que a natureza te mandou.

Amanda Pereira de Lima
CRP: 06/116024
Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica.
Contato: [email protected].

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