Com o surgimento das modernas técnicas cirúrgicas apareceram muitas possibilidades para intervenção e modificação do corpo. A tecnologia trabalha para a constituição de corpos belos e perfeitos. Os recentes avanços das técnicas cirúrgicas têm permitido operar sobre o corpo a partir de diversos arranjos. O corpo vem se tornando cada vez mais possível de ser modificado por um número cada vez maior de pessoas, por meio de técnicas cada vez mais difundidas. Apesar do alto custo emocional, físico e/u financeiro de tais procedimentos, eles são justificados pelas recompensas emocionais e sociais proporcionadas pelo ideal da beleza. É comum o individuo querer melhorar algum aspecto físico que não o agrada, como a silhueta que foi castigada pelo excesso de comida e pelo sedentarismo, algumas marcas do tempo ou até mesmo consertar uma falha na simetria corporal. É uma forma compreensível e legítima de restaurar a auto-estima. A questão a ser trabalhada é quando há um exagero em tantas mudanças, onde se pode haver uma patologia. Pessoas que não se cansam de encontrar defeitos em si mesmas e perseguem compulsivamente um padrão estético inatingível, que pode levar a pessoa a deformar-se nas mãos de cirurgiões plásticos antiéticos.
Mas até que ponto a realização dessa cirurgia pode ser saudável ao individuo?
O corpo é uma construção cultural e o ser humano tende a modificá-lo de acordo com sua própria vontade, satisfazendo aos mais variados desejos individuais e sociais. Essas modificações, porém, estão intimamente ligadas à cultura, sendo que o ponto de referência estético é relativo e se modifica, não pelo desejo próprio, mas pela sociedade em que nos desenvolvemos e vivemos.
Nota-se também que todas as modificações na imagem corporal são, além de tudo um processo de transformação psicológica. É preciso avaliar até que ponto a cirurgia plástica realmente solucionará a insatisfação com algum detalhe do próprio corpo, antes de se optar por qualquer procedimento estético. A decisão de ser submetido a um procedimento como esse não deve ser tomada de modo impulsivo, sem reflexão, querendo atingir um padrão de beleza imposto pela sociedade.
Amanda Pereira de Lima
CRP: 06/116024
Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica.
Contato: [email protected]
Mas até que ponto a realização dessa cirurgia pode ser saudável ao individuo?
O corpo é uma construção cultural e o ser humano tende a modificá-lo de acordo com sua própria vontade, satisfazendo aos mais variados desejos individuais e sociais. Essas modificações, porém, estão intimamente ligadas à cultura, sendo que o ponto de referência estético é relativo e se modifica, não pelo desejo próprio, mas pela sociedade em que nos desenvolvemos e vivemos.
Nota-se também que todas as modificações na imagem corporal são, além de tudo um processo de transformação psicológica. É preciso avaliar até que ponto a cirurgia plástica realmente solucionará a insatisfação com algum detalhe do próprio corpo, antes de se optar por qualquer procedimento estético. A decisão de ser submetido a um procedimento como esse não deve ser tomada de modo impulsivo, sem reflexão, querendo atingir um padrão de beleza imposto pela sociedade.
Amanda Pereira de Lima
CRP: 06/116024
Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica.
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